Hoje me refugio na beleza.
Sou a noite que lhe espreita através da cortina,
com olhos atentos,
vivos demais,
humanos demais.
Desfaço-me de toda certeza.
Aceito a felicidade relativa,
pois o absoluto...
O absoluto me assombra.
O caos me enriquece e alimenta.
O milagre se dá com sangue e alegria.
Laços vitais, ígneos, criativos e intelectuais.
Conquisto meu próprio corpo.
Faço as pazes com a vida,
com a relatividade do amor.
Finalmente sou fértil, abundante.
Deitada em minha cama,
sinto o fim da inquietude.
Seu sangue corre generosamente em mim.
Sou o guia de meu próprio labirinto,
para alcançar a superfície de seu mistério.
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