Sigo assim:
lúcida e demente.
Toco a ausência que me queima a mão.
De silêncio em silêncio me enlouqueço.
Tão toda em você me perco.
E na violência da ausência,
de seu corpo contra o meu,
a vida arde intensamente.
No centro de meu corpo,
um grito se elabora,
grito rouco e sangrento.
E quando queimo meu sonho
estabelece meu inferno,
estabelecem minhas armas,
para que a alma se redima sem ajuda.
Será sobretudo uma mentira,
para aquele que não queima.
O meu sonho é vão.
que ele seja vão,
mas que seja sonho,
sonho
que ainda queimará meus olhos,
quando eu durma.
O meu incêndio.
Porque há alguém perdendo-se no fogo,
e há alguém crescendo-se para o fogo.
Que será a força,
e que se queima
nos vermelhos e quentes ventos do meu inferno.
Hei!!! Realmente a letrada portuguesa esta absolutamente certa. Talento assim, e com tal sofisticação, não pode ser transformado em tesouro perdido.
ResponderExcluirBelíssimo!!!
Siga sem parar. Bom pra quem sabe apreciar.
Rui Ribeiro