quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CÉU E TERRA






Me sinto nua em meio à multidão.
Serpente e pássaro.
Não imaginava encontrar você em minha loucura.
Percebo sua presença, sua mente
permeando minha existência.
Um ecoar constante entre céu e terra.

Meu corpo se cansou de ser enigma.
Fluímos um para dentro do outro,
entrelaçamo-nos.
Fugitivos de um passado doloroso,
reencontramo-nos para forjar a unidade perdida.
Escrevo páginas de sonhos.

Tenho medo de tudo em minha fragilidade...
O primeiro arrepio do mistério sensual.
O céu entre nós e a terra –
o prazer.
Nem uma luz demasiadamente viva,
nem a obscuridade completa.
Cada um de nós possui sua alma própria,
e como eu,
você vagueia,
se perde,
explora,
dissolve,
me esquece.

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